As instituições financeiras estão cada vez mais preparadas para usar as tecnologias digitais a seu favor. Nesse sentindo, o mais novo filão para serviços financeiros digitais está no setor do agronegócio. O segmento responderá por aproximadamente 30% do PIB em 2021, conforme a CNA — Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

No agro, um dos papéis da tecnologia é aperfeiçoar a concessão de Crédito Rural, tornando-a mais rápida, segura e eficaz.

Com o passar dos anos novas soluções ligadas ao planejamento e ao Crédito Rural foram surgindo. Como resultado, aplicativos baseados em inteligência artificial e softwares têm sido desenvolvidos para facilitar a vida do produtor rural. Hoje já possível encaminhar documentos para instituições financeiras de qualquer lugar e a qualquer hora, tornando o procedimento de concessão de crédito muito mais simples e totalmente digital.

Com a tecnologia ganhando protagonismo nesse segmento, a tendência é de que a chamada “digitalização do campo” impulsione o agronegócio e aumente ainda mais sua representatividade na economia nacional.

A tecnologia facilita a concessão de Crédito Rural?

Os avanços tecnológicos na oferta de novas formas de Crédito Rural vêm crescendo. Como resultado, todos os envolvidos no processo saem beneficiados, desde os investidores até o produtor rural.

Por outro lado, o crescimento do crédito agrícola leva as instituições financeiras a expandir as plataformas digitais para operações voltadas ao apoio aos negócios. Com base em dados, cálculos e algoritmos, danos à produção podem ser antecipados com maior facilidade, por exemplo. Essa ferramenta preditiva reduz o risco das operações e facilita a concessão de crédito.

Outro ponto importante é a grande desburocratização do Crédito Rural, na qual a tecnologia teve papel primordial ao integrar todas as partes interessadas. Assim, foi possível encurtar processos que antes duravam semanas ou até mesmo anos.

A consequência disso se vê no processo de digitalização do agronegócio, que já faz parte das conversas de boa parte dos distribuidores de insumos. Eles precisam se preparar para melhorar suas estruturas de controle, além de investir na qualidade dos recebíveis e das garantias.

As vendas online também são importantes quando falamos sobre a digitalização nesse setor. O que é facilmente compreensível pela facilidade e comodidade, criando vitrines virtuais para o agronegócio. 

Ainda assim, as possibilidades para o segmento são muito mais amplas. É necessária uma evolução no processo de digitalização financeira, que precisa das seguintes condições:

  • Desenvolvimento da digitalização do Crédito Rural;
  • Realização de vigilância constante do ciclo de desenvolvimento das lavouras;
  • Emprego de um modelo tecnológico sistematizado e estruturado na concessão de crédito.

Como a tecnologia aprimora as análises de risco de Crédito Rural?

É importante saber que o clima desempenha uma função essencial para as mais variadas análises e previsões baseadas em dados. No entanto, a malha brasileira de estações meteorológicas espaciais ainda é muito limitada.

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o País tem menos de mil estações meteorológicas em todo seu território. Dessas, apenas 25% fornecem consistência de coleta e histórico de dados. Em contrapartida, nos Estados Unidos há mais de 25 mil estações meteorológicas. Ou seja, o Brasil tem 87% da área dos EUA, porém dispõe de menos de 5% da quantidade de estações meteorológicas. 

Assim, com uma lacuna de dados climatológicos importantes, o produtor fica sem acesso a um bom planejamento do plantio. Isso afeta decisões sobre tratos culturais e colheita, além da adesão a serviços financeiros.

Devido à escassez de equipamentos, é preciso depender de informações vindas de países, empresas e organizações simpatizantes do agronegócio. Com o monitoramento correto das regiões brasileiras são feitas previsões bem mais precisas de eventos climáticos. Essas predições já alertaram diversos produtores e fornecedores de crédito sobre desmoronamentos ou tempestades que podem arruinar lavouras inteiras.

Felizmente, com a chegada de seguradoras e investidores de outros países, a tecnologia na Concessão de Crédito Rural aumentou bastante. Devido ao suporte tecnológico avançado, gerenciar o crédito no setor do agronegócio ficou mais simples. O resultado é a futura ampliação do número de estações climáticas e aprimoramento do setor. 

A função da tecnologia nas tomadas de decisão do produtor rural brasileiro

Os produtores poderão ser muito favorecidos com os dados obtidos por meio da tecnologia. De posse de informações precisas eles conseguirão tomar decisões referentes ao processo de produção, como identificar a melhor data para o plantio e colheita, por exemplo. Tudo com base no histórico da região em que está localizado.

Ter o conhecimento desses dados relevantes pode contribuir, inclusive, para as tomadas de decisão relacionadas à aplicação de defensivos agrícolas. Isso porque certos climas favorecem a proliferação de determinadas pragas. 

Atualmente, os produtores só conseguem saber se uma praga chegou à sua lavoura de maneira presencial ou manual. Porém, com o auxílio da tecnologia para analisar o histórico da região e a evolução do clima, será possível aplicar um defensivo de forma antecipada. Assim, minimizam-se as perdas.

Portanto, a tecnologia poderá elevar a produtividade do campo a outros patamares, aumentando significativamente a representatividade do segmento no PIB brasileiro. Afinal, um melhor controle da produção reduz riscos e garante um retorno satisfatório sobre a colheita. 

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