De acordo com projeção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a participação do agronegócio no PIB de 2021 deve ser de mais de 30%. Com um peso tão significativo na economia nacional, cada vez mais produtores vêm procurando informações sobre o crédito rural.

Isso porque os juros são mais baixos, as condições de pagamento são facilitadas e as linhas de crédito são variadas. Ou seja, há opções adequadas a todos os tipos de necessidades e portes de negócio. Assim, o produtor rural consegue expandir e diversificar suas atividades aumentando lucros e gerando renda para outros trabalhadores do setor.

Mas, afinal, como funciona o crédito agro e como consegui-lo? Além disso, quais são os tipos de crédito do agronegócio disponíveis no mercado? A seguir esclarecemos essas e outras dúvidas.

O que é crédito rural?

O crédito rural nada mais é do que um financiamento específico para o segmento agropecuário. Assim, quem produz esses itens pode receber recursos financeiros para investir em equipamentos ou animais, por exemplo.

Igualmente, é possível obter auxílio para custear a matéria-prima dos cultivos ou ainda para industrializar ou comercializar a produção.

Podem receber o crédito agro:

  • Produtores rurais (pessoa física ou jurídica);
  • Cooperativas de produtores rurais;
  • Pessoa física ou jurídica envolvida com pesquisa ou produção de mudas, sementes, bem como inseminação artificial animal;
  • Serviços de escoamento da produção;
  • Atividades florestais.

Quais são os tipos de crédito do agronegócio?

As chamadas finalidades do crédito rural são divididas da seguinte forma:

  • Crédito de custeio. Financia as despesas relativas ao ciclo de produção (do plantio até a colheita), como compra de insumos. Inclui ainda a compra de animais e insumos para seu trato;
  • Crédito de investimento. Aplica-se à aquisição de bens ou serviços com benefício duradouro. Por exemplo, máquinas agrícolas e reformas estruturais;
  • Crédito de comercialização. Viabiliza ao produtor rural ou às cooperativas os recursos para a comercialização de seus produtos no mercado. Por exemplo, processos de armazenagem e estocagem;
  • Crédito de industrialização. Auxilia a industrialização de produtos agropecuários cobrindo os custos com equipamentos e infraestrutura específicos para esse fim.

Uma vez identificada a finalidade do crédito rural, ela deve se encaixar em uma das modalidades disponíveis:

  • Corrente. Há apenas o auxílio financeiro, sem qualquer prestação de assistência ao produtor;
  • Educativa. Além do auxílio financeiro, o produtor poder contar com assistência técnica e orientação;
  • Especial. Destinada a cooperativas de produtores rurais ou programas de colonização e reforma agrária.

Tipos de crédito agro do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) é o maior financiador de investimentos da agropecuária brasileira. A instituição oferece opções para todos os portes de negócio e finalidades. As principais linhas de crédito rural são:

  • Inovagro;
  • Moderagro;
  • Moderfrota;
  • Moderinfra;
  • PCA;
  • Procap-Agro
  • Prodecoop;
  • Programa ABC;
  • Pronaf;
  • Pronamp.

Saiba mais sobre cada uma das linhas de crédito clicando aqui.

A Nova Lei do Agronegócio

Desde abril de 2020 está em vigor a Lei n° 13.986/2020, também conhecida como a Nova Lei do Agronegócio. Seu propósito é estimular e facilitar a liberação do crédito rural por meio de financiamento privado via mercado de capitais.

Como resultado, mais players entrarão no mercado de crédito agro, aumentando a concorrência e dando ao produtor mais poder de negociação. Por outro lado, o investimento estrangeiro no agronegócio brasileiro também será favorecido.

Veja as principais mudanças trazidas pela nova legislação:

  • A emissão de CPR (Cédula de Produto Rural) passa a valer também para produtos derivados. Isso aumenta a atração de investidores;
  • A partir de agora, a emissão de CPR pode ser feita tanto por pessoa física quanto jurídica via plataforma eletrônica gerida pelo Banco Central;
  • A CPR pode ser emitida com cláusula de variação cambial. Ou seja, já em dólar, evitando a exposição a variações da moeda;
  • Não há mais restrição para que um investidor estrangeiro receba um imóvel rural como quitação de dívida;
  • Instituição do Patrimônio Rural em Afetação. Quem oferecer o imóvel rural como garantia pode fracionar a propriedade em diversas partes. Assim, a propriedade não fica na mão de apenas um credor;
  • Instituição do Fundo Garantidor Solidário. A ferramenta é uma espécie de garantia extra às instituições financeiras, formada por pelo menos dois devedores, um credor e, se houver, um garantidor. Com mais proteção contra a inadimplência o crédito é estimulado e barateado.

Como o mercado funciona?

A liberação dos recursos financeiros acontece por meio de instituições autorizadas pelo Banco Central a operar com crédito rural. Entre elas, bancos e agfintechs, startups que desenvolvem produtos, serviços e soluções financeiras digitais especificamente para o setor agro.

É o caso da Akkwa, que viabiliza o acesso ao crédito rural de forma simples e totalmente digital. Desse modo, promovemos a aceleração de caixa para a cadeia de insumos do agronegócio.

Fazemos isso construindo uma ponte entre o produtor rural e o mercado de capitais. Além das linhas de crédito rural tradicionais, buscamos por linhas alternativas que melhor atendam às necessidades do produtor. O objetivo é cortar a burocracia, diminuir custos e ajudar o seu negócio a crescer. Marque uma conversa e conheça todas nossas soluções.