De janeiro a setembro do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve um aumento de R$ 238 bilhões, ou 10,79% sobre o mesmo período em 2020, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Tal resultado reflete o crescente volume de operações financeiras voltadas especificamente para alocar capital no agronegócio. Além disso, o agro já está presente no mercado financeiro em diferentes veículos, sendo uma fonte de oportunidades para investidores. Vamos conferir quais delas se destacam:

Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)

Tratam-se de títulos de crédito emitidos por instituições financeiras públicas ou privadas, com o objetivo de fornecer recursos para financiar o setor agrícola. Quando compra uma LCA ou CRA, o investidor está aportando dinheiro no agronegócio e recebe, em troca, seu valor acrescido de juros e isento de imposto de renda para pessoa física.
LCAs e CRAs são atreladas a direitos de crédito sobre transações realizadas nas cadeias de produção do agronegócio. Essa modalidade de investimento beneficia principalmente indústrias e revendas, já que funciona como um repasse de todos os recebíveis aos investidores privados antes dos vencimentos, permitindo uma elevação na oferta de financiamento e crédito para as compras a prazo de insumos pelos produtores rurais.
As LCAs são emitidas por bancos, já os CRAs por companhias securitizadoras, possuindo um prazo mais longo, podendo proporcionar rendimentos maiores.
Houve um aumento de 20% no volume de emissões de CRAs no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)

Os FIDCs são fundos de investimento que tem com lastro ou ativos direitos creditórios, que podem ser diversos tipos de créditos a receber como os originados por meio de contratos de empréstimo e financiamento ou oriundos de vendas a prazo em operações comerciais. Muitas empresas costumam financiar seus clientes através da concessão de prazo para pagamento das vendas realizadas. Para empresas que fornecem insumos e maquinário para o setor agrícola, isso é uma realidade ainda mais frequente, tendo em vista que muitas negociações serão finalizadas apenas após o período da colheita.

Estes fundos servem, então, como forma de adiantamento do recurso proveniente dessas vendas, para que as empresas que as realizaram tenham dinheiro em caixa em menos tempo e com isso possam vender mais. A empresa sai ganhando pelo adiantamento, enquanto o investidor recebe seus rendimentos pelo empréstimo dos recursos para o financiamento dessas operações.

Aplicação nos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro)

O Fiagro surgiu por meio da Lei nº 14.130 publicada no dia 30 de março de 2021, com o objetivo de captar recursos de investidores para aplicar em ativos do agronegócio. Ele visa aumentar o acesso da agropecuária à captação de recursos financeiros, geralmente por meio de investidores institucionais. A estrutura do Fiagro é bastante parecida com a dos Fundos de Investimento, mas aprimorada para deixá-lo mais adequado ao setor agropecuário, tornando-o mais atrativo. Esses fundos são geridos por bancos e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs) e os recursos são usados na compra de imóveis rurais e no financiamento da produção agroindustrial.

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